sábado, 4 de outubro de 2008

Vampirizado



Contemplo-te móvel, às vezes estática,
Que fazer? Se moves, me desassossega;
Se parada, teu rubro brilho me cega;
Se me beijas me gelas tal brisa ártica.

O teu contorno: pura visão fantástica,
Escultura d’uma altiva Deusa grega.
Faleço se por um instante me nega
O doce da tua essência aromática.

E mudo, sou totalmente compelido,
Do alto da libido, a me entregar.
E surdo, cego... e sem nenhum sentido,

Eu, vampiro ensandecido a te sugar.
Carnudos, teus lábios parecem ter sido

Em sangue embebidos... P’ra me enfeitiçar.

1 comentários:

Borboleta Bella!!! disse...

Vampirizado...
traduzindo a linguagem culta do teu poema,fica um poema,quase q erótico.rsrs
Amei!!!simplismente lindo...