Na relva impalatável de campos floridos
Reinam vorazes n'um ritmo constante,
Quadrúpedes atrozes, ociosos ruminantes;
De tristes ancas e lombos feridos.
Ornam-se de pele e altivo tamanco,
Acenam com o rabo ao sabor do vento.
Quisera ver cores por um momento.
Tremula, porém, a vida em preto-e-branco.
Mas... de súbito surge seu sedento algoz,
A lâmina fria em seu dorso arde,
Um surdo som sufoca-lhe a voz.
Esmorece dormente sem muito alarde.
Fera que outrora pensava-se feroz,
Pilharam e privaram-lhe a própria carne.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Gado de corte
Postado por Maranhão Moreira às 14:24
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário