Passa soberba, banhada em pecado,
Olhar desdenhoso, riso maroto,
Na mente um mundo totalmente ignoto
E um demônio de estimação do lado.
Queima o olho rútilo, embrasado.
Em frangalhos o meu querer – já roto –
Sucumbe ante esse desejar escroto.
Quedo prostrado ao chão... petrificado.
Passa, lasciva, uma menina apenas,
Seu perfume chove por toda parte
E esmaece todo o mundo ao redor,
Pousa, sem querer, mil poses obscenas.
Sorrir com o olho é a sua principal arte.
Artista, inflama em meu peito um queimor.
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