terça-feira, 5 de novembro de 2013

A flecha do tempo



Se busco, em tudo, a mais bela canção,
É que me falta a etérea melodia
Que suavemente fez um belo dia,
Aos arroubos, sangrar-me o coração;

Busco a brisa em total desolação
Que uiva triste como quem assovia;
Prezo o choro do riacho em agonia
Pois não pode ir em outra direção.

Vejo a pedra atirada infantilmente,
Na emergência do seu alvo, sofrer...
Bradar que saiam todos da sua frente.

Olho atrás: nada mais posso fazer.
Do bom e mau que fiz inconsequente
Tenho que com as consequências viver.


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