segunda-feira, 13 de abril de 2009

Toda a vastidão de um sonho


De sonhar a vida a fora sinto falta,
Sonambúlico há tempos me enxerguei,
Durmo à vida, mas minha alma a ela exalta...
Vagamundo, taciturna e sem lei.

De pensar, o corpo hirto e a alma nauta,
Tesos membros, zumbiforme assim me sei;
De vagar no divagar minh’alma salta,
Vejo o corpo no infinito que sonhei.

Contemplando o revelar do universo,
Vocifera, fosse fera, em mim imerso;
Turbilhão, revolução meu ser acalma.

Mas não cabe neste corpo enfadonho,
Quando toda a vastidão que há num sonho
Cabe, pois, numa gotícula de alma.


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