sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Lembranças de outra morte


O vento sopra na calma pradaria.
No topo observo toda a sua vastidão.
Pensava poder derrubar o sol com a mão,
Mas qual outro show divino assistiria?

Se há tempos a lua me foi roubada,
E os peixes já não saltam do riacho.
Pois não se vê mais vida lá embaixo
No fundo daquela terra desolada.

Se o que me resta é o teimoso vento,
Que de tão teimoso ameaça me arrancar.
Eu, só seca casca, e raquítica raiz.

Queria apenas que no derradeiro momento
Esse robusto vento viesse me levar.
Aí sim, poderia deixar a vida feliz.

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