sábado, 13 de setembro de 2008

Cemitério n’alma


Um fúnebre cortejo te acompanha
Última homenagem que teu ser ganha
Depois de tanto querer ter vivido.

Do rosto mais alvo que o costumeiro
Usurpo teu sorriso derradeiro
Eu, possessivo, louco... sem sentido.

Sei que sorria na tua despedida
Que não dava valor àquela vida
É que, tolo, não havia percebido.

Lembro, não és a primeira que parte
Fiz do adeus a minha principal arte
E torpe sou por ter tanto sofrido.

E indagas da minha face serena
Minha dor lhe parece tão pequena
Como se nunca houvera dor sentido.

É que possuo um bem que tudo acalma
Tenho em mim um cemitério n’alma
Onde enterro tudo que me é perdido.


1 comentários:

Borboleta Bella!!! disse...

Fiquei olhando teus poemas,quase todos pra encontrar esse ''cemitério na alma''...
É que possuo um bem que tudo acalma
Tenho em mim um cemitério n’alma
Onde enterro tudo que me é perdido.
Quem dera se todos tivessem um cemitério na alma,num é mesmo?
Só assim teria certeza q ninguém cairia no esquecimento de ninguém.bju lindo!