Quem, sob o céu, quer viver deste jeito?
Um mês faz hoje, amor, que não te vejo;
Anos luz me separam do meu peito;
Guardo um ranço insuportável no beijo.
Nesta cruel redoma, um ar rarefeito,
Sem dó, esmaga meu pulmão, pois pelejo
Transpor Barreiras que têm contrafeito
O cerne do meu mais puro desejo.
Queria ter-te aqui por um vago instante
Pelo menos... Eu que sempre ceifei
Cada mínima lágrima em tua face
Revolta, contorcida e ofegante;
Desejo os lábios que tanto beijei
Antes que a fria terra a mim abrace.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
À terra fria
Postado por Maranhão Moreira às 08:24
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