Os beijos que te dei me consumiram;
Queimaram-me o lábio antes gelado,
Deixando a sensação, quando partiram,
De nunca, em vida, haver outrem beijado.
Os beijos que te dei a mim despiram;
Teu ardor me largou petrificado.
Hoje, troço meu, meus olhos suspiram
Por qualquer chance de estar ao teu lado.
Em ti, qual gelo ao fogo derreti.
Pois eu, sem forças p’ra fugir de ti,
Liquefiz-me ao toque da tua palma.
Porém, musa de caprichos letais,
Não furtaste de mim somente os “ais”,
Usurpaste pedaços da minh’alma.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Os beijos que te dei
Postado por
Maranhão Moreira
às
18:48
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2 comentários:
"A escrita é a pintura da voz." (Voltaire)
você é especial.
Beijos
Fiquei apaixonada por este poema, em pensar que é tão difícil decompor, explicar cada verso sem empobrece-los.Mas você conseguiu a proeza de deixar tudo mais bonito, mais pessoal.
Muito lindo, parabéns!
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