segunda-feira, 13 de julho de 2009

O Gelo...


E lia um livro distraída.
Se ria; Enxugava a testa
E franzia a sobrancelha
E esquecera da vida.

Deu com a canela num acento.
Um poeta que ali estava
Acudiu logo apressado;
Gelo na mão na outra um ungüento.

Pediu permissão para por,
Sem resposta, passou o gelo
Com cuidado e zelo,
Anestesiando assim a dor.

Mas, como ia ela imaginar
Que o gelo do poeta,
Figura tão seleta,
Tanto pode anestesiar quanto queimar?

2 comentários:

Anônimo disse...

O GELO QUE TU POETA ME DÁ MAIS QUEIMA DO QUE ANESTESIA.

Borboleta Bella!!! disse...

se fosse eu nessa situação,ficaria realmente anestesiada,mas claro,se o poeta fosse vc...não sentiria nem meu corpo,rsrsrsrs...lindo esse poema,amei!