Já não mais se é o que realmente somos.
É-se sim tudo que na vida temos.
Não se é mais o que, altruístas, demos.
Hoje é-se somente a soma dos momos.
Não se valoriza no mundo os pomos,
Só a casca seca onde, secos, vivemos.
Já não percebemos do barco os remos
E donos do destino nos supomos.
Tem-se tudo nesse mundo e é-se nada;
É-se pouco e pensa ser sempre mais;
Vive-se qual não haja nada além.
Acha ser o prêmio desta jornada,
Não as virtudes que consigo traz,
Mas o pote d’ouro que ao fim se tem.
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