Preso num corpo que não sinto ser meu.
Ser que do seu próprio mundo se perdeu,
Que sobrevive a esmo, sem direção.
Antagônico vil, o bastardo judeu;
Idêntico a todos, uma aberração;
Da bela canção, o desgastado refrão,
Cujo sentido uno desapareceu.
Um palhaço sorrindo à toa pela vida,
A dor de uma lembrança boa esquecida.
Um cantar mudo, um simples perecer.
Oh, meu deus! Como posso viver assim
Naufragado, tão desterrado de mim,
1 comentários:
Muito bom! Como a define, sua tentativa de liricidade, a qual não vejo como uma tentativa, mas sim como uma constatação, transmite palavras muito tocantes e profundas que trazem uma verdadeira reflexão do nosso próprio eu!
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