Chão frio, que aceita tão débil semente
Dos confins do corpo meu – raquítico,
Execrado! Imundo sangue cístico,
Cuide tu deste hediondo acidente!
Na vida hei passado tão somente
Devido a um vil desejo anafrodítico
De um ser inerte e outro paralítico
Em um ato animalesco e demente.
Aceita, ó terra, este ser que te implora;
Que, combalido, nem ao menos chora;
Que se contorce aqui no teu jardim.
Faz da minha carne tua, cara amiga!
De tantos outros vermes que abrigas.
Por que tu não tomas também a mim?!!
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
O Verme
Postado por Maranhão Moreira às 14:14
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