Arrasta mulher, tua cria ao teu colo;
Derrama esta chuva negra em teu olho;
Molha a fronte do teu langue pimpolho;
Atira ao inferno qualquer consolo.
Espanta a morte por tamanho dolo;
Tange esta bilontra... Este trambolho
Que ceifa pueris almas molho a molho
E, Cruel, reclama tão amargo imolo.
Grita mulher, pois o abutre a rodeia;
Gane, grune, rosna, morde, golpeia;
Execra a odiosa encarnação de Caim.
Mesmo que, em teu vão desespero violento,
Prema com toda força o teu rebento.
Vê que é de ti levado mesmo assim.
domingo, 4 de julho de 2010
O filho morto
Postado por Maranhão Moreira às 09:23 3 comentários
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