quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Solidão II


Deusa austera de poder infinito;
Algoz dos vãos sonhos da raça humana;
Medusa amedrontadora e insana;
Escopo de um terror nunca antes dito.

Tua presença desperta angústia lhana
E dói nos ossos o teu frio maldito,
Enquanto definha o dom mais bonito
Aos gritos teu próprio nome ufana.

Mas não te inquietes, ó Deusa do só,
Mesmo que julguem de ti o pior,
Que te olhem sempre com tanto temor,

Há ainda uns poucos renegados
Que pela convivência maltratados
Transformam teu frio seio em calor.

2 comentários:

Mirian disse...

Até então nunca tinha descoberto ninguém que soubesse descrever o que é solidão.

E você o soube muito bem, é fantástico esse poema, inicíl meio e fim.

Beijão Ma...e siga em frente...0

Anônimo disse...

Amei!

xeru