Eu, que já viajo pelos quatro cantos
Do mundo, vejo o vai-e-vem de vidas
Desde muitas eras então devidas
E polinizo as almas com meus cantos.
Eu que faço em cada face acalanto,
Roçando gentilmente as tuas feridas;
Eu, que assim mesmo: à revelia, já vi das
Tempestades torpes o hediondo canto.
Eu, que sempre trago o orvalho e a brisa,
Y que he puesto em su cara una sonrisa,
Nunca esmolei uma graça da tua boca.
Não anseio por altar, ou respeito,
Ou uma turba em seu louvor rarefeito.
É sério! Não exijo nada em troca...