terça-feira, 23 de abril de 2013

Insônia




Neblina fria em plena madrugada;
Ruas gris e os pés descalços no cimento;
Horas de paz e desfalecimento
E minha mente vaga tresloucada.

Ergo a voz e ouço simplesmente nada
Além do calmo sussurro do vento
Que me derrama na memória o alento
De um exuberante floco da geada.

Um frenesi me é parceiro inato,
O sangue pulsa forte neste hiato,
Recompõe-me o semblante tristonho...

Logo a brisa me traz leve ao ouvido
Um hálito quente, úmido, atrevido.
Enquanto todos dormem, eu te sonho.